Hoje, após um dia inteiro de trabalho exaustivo, percebo que temos passado mais tempo lamentando pelas coisas que não fizemos, do que buscando fazê-las... O tempo passa, as oportunidades também e com isso acabamos criando o hábito de pôr a culpa da nossa indisciplina no tempo. Parece tão mais fácil, não precismos assumir nada e nem ficar com peso na consciência, afinal foi o tempo que nos não permitiu fazer o que deveríamos.
Às vezes pensamos que as coisas são demasiadamente complicadas, outras vezes entendemos que somos nós quem as complicam. Buscamos o lugar certo para fazermos uma coisa, o momento exato para fazermos outra e a idade adequada para realizarmos ainda outra. Aí aprendemos com os fracassos que essa espera é utópica e inútil. Sim, pois o aqui, o presente e os 22, 23... é tudo que precisamos para fazermos o que deve ser feito.
Cada hoje perdido "utopiando" é apenas mais uma culpa que o tempo vai ganhar. A real é que esperamos perfeição antecipadamente, quando na verdade ela só aparecerá na execução do que planejamos. Buscamos na perfeição antecipada o ponta pé inicial, esquecemos que cabe à vergonha na cara a função do empurrãozinho. O que precisamos fazer, são tarefas exclusivamente nossas, logo, se não as fazemos, ninguém mais as fará.
Se tenho razão ou não em tudo que escrevo, não sei, também não me importo de minhas palavras serem vista com relatividade. Entretanto, de uma coisa estou certa, sonhar acordado não dá resultado, o sonho é para o sono e acordado a gente realiza. Caso contrário, as coisas sempre serão como são, independente do lugar e do momento. E a rotina será imutável, reclamamos por nada termos feito, e culpamos ele - o tempo - por passar muito depressa.
Cássia de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário