terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

         Nunca foi fácil lidar com o novo, com "o nunca vivido"... Quando o novo é algo bom, a adaptação é rápida, o esforço brota sem força e tudo flui maravilhosamente bem.
Entretanto, quando "o nunca vivido é um "nunca desejar viver", tudo muda.  As coisas não são tão simples; não há adaptações, e o esforço precisa ser forçado, muito forçado, mesmo que doa... e dói! Sempre dói. São aquelas dores que não se escolhe, elas simplesmente vêm, como se fosse uma espécie de destino - é preciso vivê-la!
          Não dá pra ficar questionando tudo o tempo todo. Bem, até dá; o que não dá, é ter resposta pra todas as dúvidas, os porquês, os "e aí, qual é dessa vez?" ...
      O novo nunca vivido que se deseja nunca viver, deve trazer algo bom, antecipar bons momentos e preparar para dias de paz. É, deve sim. Pra alguma coisa ele tem que valer, não deve ser só pra causar dor.  Nada é só tristeza, tem que ter um outro lado, uma outra opção.
       Como a gente vive o novo nunca vivido? Dando jeitos... jeitos na vida, nos pensamentos, nas emoções e reações. Deus vai continuar ali, observando, admirando (ou não) os jeitos que a gente dá... Ele não vai dar as respostas prontas, elas devem ser procuradas, apesar de nem sempre serem encontradas.  Ele não vai permitir que "o nunca vivido" continue sendo um nunca vivido. É preciso que se viva, mesmo sem entender, mesmo tropeçando, caindo, rastejando...
       Ele não vai ficar pra sempre só observando... Em algum momento as coisas mudam de rumo. Ele também age, também fala, também cumpre! Será que existe ansiedade da parte dEle assim como da minha para esse "mudar de rumo"? Eu não sei... Na verdade, eu não sei muitas coisas, quanto mais vivo, menos sei, que loucura! E eu que pensei que seria bem diferente, que "os nunca vividos" seriam sempre bons e que as coisas boas nunca deixariam de existir.

Cássia

23/01/18