domingo, 15 de janeiro de 2012

Presença divina – uma busca insaciável

     Deus não exige que você ore a madrugada inteira e jejue 40 dias pra daí então revelar-se a você. Ele é tão soberano que uma singela oração feita com sinceridade e fé é suficiente para ele derramar o seu espírito e fazer flutuar em seus braços.
     Entretanto, uma simples oração não é garantia de plenitude espiritual, muito menos de intimidade com Deus. Até porque seria inconveniente afirmar que é possível manter uma boa relação de amizade e desenvolver um sentimento especial com apenas 15 minutos semanais de conversa.
     Quando Deus faz uma promessa, ele na verdade está propondo um desafio, e se você aceita, precisa estar ciente de que obstáculos surgirão em diversas proporções e se você deseja vencê-los terá de buscar a Deus intensamente, terá de sentir necessidade de Deus. E ele mais de uma vez mostrará que vale à pena, que ele é fiel e que tudo está em suas mãos.
     Com o tempo você aprende a confiar, a entregar-se de coração e a buscá-lo com mais frequência. Continua pecando e errando, mas também continua reconhecendo que pecou e arrependendo-se dos erros. Vai desenvolvendo maturidade para lidar com cada situação e cada pessoa. Com cada experiência aprende que estabilidade espiritual não existe você sempre estará necessitado, sempre precisará mais de Deus e a qualquer momento estará sujeito a falhas e tropeços. Não importa o “nível” que esteja você subitamente pode cair e demorar a levantar-se, ou talvez nem levante, não antes de reconhecer sua fraqueza e total dependência.
     Você jamais poderá controlar as coisas, escolher o momento para Deus agir ou determinar suas ações. O que você precisa é entender e reconhecer que é apenas instrumento e lembrar que o é não pela sua capacidade, mas pela bondade e misericórdia de Deus.
 
Cássia de Oliveira

sábado, 14 de janeiro de 2012

Novo Ano . . .

 . . .As pausas para reflexões são ótimas, principalmente quando se está de férias.
    Mais um ano que se passou, ou menos um pra se passar, nessa época aonde quer que se vá e na maioria das conversas o assunto é quase sempre o mesmo, fala-se dos acontecimentos do ano passado e dos planos e projetos para o ano presente. O intrigante é que durante essa passagem poucos são os que param para refletir na vida, em sua essência.  Muitos encaram o início de um novo ano como algo comum, habitual. Outros passam a noite toda, numa linguagem bem popular, enchendo a cara, e convenhamos eu não sei o que é pior, cometer tal ato ou gabar-se de tê-lo cometido e passar o dia seguinte pondo tudo pra fora.  Outros ainda unem-se aos amigos e agradecem a Deus por tudo que se passou.                                                 
    Independente disso tudo, o que quero ressaltar é a fidelidade de Deus para com as nossas vidas. Durante os 365 dias muitas coisas acontecem, umas boas outras nem tanto. Passamos por dias improdutivos, problemáticos e estressantes, mas Deus, ele permanece fiel.  A real é que nem sempre estamos com os olhos abertos para perceber isso, para entender que as ações divinas  não são determinadas pelas nossas. Nesse contexto a lei da ação/reação não entra em atividade, pois há dias em que nem nos lembramos de agradecer a Deus pelo “simples” fato de estar respirando, mas nem por isso ele se afasta. Pelo contrário, justamente em dias assim ele faz questão de nos relembrar que a esperança nele nunca decepciona, que o seu amor por nós é incondicional e que ele não depende de nossos atos para agir.
    É uma fidelidade que constrange e que nos faz perceber o quanto somos pequenos e falhos em tudo, mesmo que estejamos apenas pensando, ainda assim em alguns momentos erramos. Através dessa percepção nos sentimos elevados, não num sentido de soberba, mas de alma preenchida divinamente. E é somente quando reconhecemos o quanto somos miseráveis e contemplamos a soberania de Deus que há liberdade interior e então espontaneamente nasce a adoração pura e sincera, sem demagogia, livre das influências exteriores e capaz de proporcionar um início de ano cheio de esperança e um prazer que jamais poderá ser descrito, apenas sentido.


Cássia de Oliveira.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Decidir e Agir . . .

   
   Diante das atuais circunstâncias eu percebo que há momentos em que é preciso tomar decisões sérias e comprometedoras e ser adulto o suficiente para pô-las em prática. É necessário deixar um pouco de lado a insegurança, a infantilidade, o hábito de falhar e terceirizar as falhas e finalmente acreditar que as coisas podem mudar, podem ser diferentes.
Os fatos e lugares pouco influenciam as ações, pois o que realmente importa é o posicionamento pessoal diante das situações. É totalmente estúpido pôr a culpa dos inúmeros fracassos nas circunstâncias, pois é preciso entender que cada pessoa possui um ritmo e é portadora de necessidades que lhes são únicas. Espelhar-se em outras é sair do ritmo e consequentemente cometer atos insanos. Com exceção de um homem – Jesus – não há ninguém digno de ser seguido ou imitado. Comparar-se com outro é na verdade uma forma discreta de demonstrar descompasso e falta de consideração às peculiaridades.
É preciso deixar brotar o amor próprio, pois talvez ele nunca existiu, e a partir daí dedicar-se ao conhecimento próprio antes de desejar ardentemente conhecer outras pessoas. O respeito ao próprio ser nasce das experiências do processo de conhecer-se e seguir corajosamente o próprio compasso nasce da valorização ao respeito.
Cássia de Oliveira