sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Viver e pensar

     Alguns dias atrás enquanto folheava uma revista, li um artigo muito interessante sobre ouvir as pessoas, a importância de escutar e meditar sobre o que se escuta. O autor comentou sobre a televisão, sobre as pessoas ficarem presas às imagens e não darem a mínima para o que se fala na TV. Me lembrei do que  Alistair Cooke disse certa vez: "o poder das imagens televisivas atrai mais as emoções que o intelecto, driblando os critérios de julgamento". Dessa forma o resultado é o que se vê por aí, ao invés de cidadãos críticos e ativos, tem-se indivíduos passivos, alienados e incapazes de desenvolver a criticidade.
    Nesse mesmo dia, à noite, fui juntamente com uma amiga visitar uma determinada família e ao ver a situação fiquei estupefata. Um casal, na flor da juventude, com duas filhas - um bebê e outra maiorzinha - sentados nos sofá assistindo novela. Pra mim isso é o cúmulo da pobreza e ignorância. Antes que o leitor me critique, quero deixar claro que quando me refiro à pobreza, não quero dizer financeiramente, mas sim pobre de cultura, de valores e porque não ousar dizer de sentimentos. De certo que se existir um livro nessa casa é muito.
Mas... fazer o quê? Cada um vive como pode, cada um pensa como pode.
Lamento pelas crianças que não podem escolher os pais.

Cássia de Oliveira

2 comentários:

  1. A mídia tem tentado de todas as formas roubar a nossa capacidade de raciocinar, refletir sobre algo, estamos em um tempo que não é necessário mais pensar, pois os outros pensam por nos!

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